quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Musas da Maria: Carine Roitfeld

Carine Roitfeld redefiniu a imagem da "francesa fashion" Se antes o que vinha a mente quando falávamos a expressão era uma mulher de estatura mediana, esguia, e de cigarrete e sapatilha, ela consegue ser a típica parisiense mesmo abusando de fendas profundas, decotes generosos e transparências.


Filha do empresário de cinema Jacques Roitfeld ( e mãe da it-girl Carine Roitfeld, não custa nada lembrar!), Carine não esconde que seu ídolo é seu pai. Ele foi produtor de filmes eróticos e o seu principal referencial de sensualidade. Também herdou uma extrema elegância da mãe. Segundo a própria Roitfeld ela era uma dona de casa perfeccionista, e muito francesa, uma vez que estava sempre vestida com haute couture, e apresentava-se impecável, mesmo dentro de casa.

Carine ingressou no mundo da moda aos 18 anos. Estava em uma consulta dentária quando foi abordada pelo fotógrafo britânico Tony Kent. Recebeu o convite pra ser modelo e topou morar um ano em Londres. A carreira de modelo não vingou, mas os ensaios trouxeram uma grande lição: aprendeu o que as modelos sentiam por trás das câmeras. Daí pra virar stylist foi um pulo. Estreou na Elle França e trabalhou lá como freelancer entre os anos 70 e 80. Graças a esta oportunidade aprendeu tudo o que sabe até hoje. "O ambiente da revista era pura criatividade, o que inclui o meu primeiro contato com trabalhos mais arrojados."



Mas destaque mesmo veio nos anos 90, quando Roitfeld integrou o trio de ouro responsável por repaginar a Gucci. Na época a marca encontrava-se a beira do esquecimento, e junto com Tom Ford e Mario Testino foi alavancada para a linha de frente da moda. Ford criava peças ousadas para as passarelas, e Carine e Testino as colocavam em campanhas sensuais e chamativas. Os três gostavam de trabalhar juntos e da experiência surgiu uma amizade que perdura - e muitas vezes o fruto dela foi vista nos seus trabalhos! - até os dias atuais.

Foi na Vogue Paris que seu trabalho beirando a um fetichismo e excesso ficou conhecido. Durante seus dez anos na publicação seus editoriais carregavam um toque de politicamente incorreto, e sua imagem de mulher sexy e provocante foi se espalhando. Sempre é vista impecavelmente vestida com roupas coladas ao corpo, saltos finíssimos, cabelos caídos no rosto e olhos esfumados, num estilo denominado pornô chic. Sem meia voltas Roitfeld declara que "graças ao trabalho de meu pai, sei bem a diferença entre a pornografia e o erotismo". Um de seus looks mais polêmicos foi o do baile de 90 anos da Vogue Paris. Nele apareceu com um vestido de tecido transparente com a estampa de leopardo cobrindo apenas pontos estratégicos.


Diz o boato que o motivo de sua saída da revista francesa foi a edição de Dezembro de 2010 que trazia um editorial assinado pelo estilista e amigo Tom Ford em que garotas de dez anos foram fotografadas em roupas e poses sensuais. Era ousadia demais, mesmo pros tempos atuais.

Seu primeiro trabalho pós-Vogue foi pra Barneys NY, mas desde o fim de 2012 a super stylist tornou-se diretora de moda global da Harper's Bazaar. A edição de Março próximo trará um editorial assinado por Carine e pelo fotografo Kacper Kasprzyk, e que será veiculado em todos o países em que a revista é vendida. No editorial, que já tem algumas fotos disponíveis online, ainda não se vê a tradicional polêmica que Roitfeld adorava abusar, mas se vê muito talento; peças incríveis, como por exemplo Saint-Laurent e Givenchy;  e um casting de peso como a curvilínea Lara Stone. Nós da Maria estamos super curiosos pra ver esta revista icônica em parceria com a musa da controversa.


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